terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Madeira ameaça e governador se reúne com empresários para discutir desabastecimento

O transporte de combustíveis, de acordo com representante da BR Distribuidora, seguirá sendo feito pela BR-364 no trecho que liga a capital a Cruzeiro do Sul
Com o objetivo de viabilizar rotas alternativas de logística para manter o estado abastecido, tendo em vista que o Rio Madeira segue registrando elevação no nível das águas e, com isso, inundando parte da BR-364 – trecho que interliga Acre e Rondônia -, o governador Tião Viana se reuniu na tarde desta terça-feira, 25, com empresários do setor de alimentos, distribuidores de combustíveis, gás, hortifrutigranjeiros, medicamentos e bebidas.
A reunião foi realizada no Gabinete Civil e contou com a presença da chefe da Casa Civil, Márcia Regina Pereira, do secretário de Fazenda, Mâncio Lima, do secretário de Comunicação, Leonildo Rosas, e dos assessores de governo Dudé Lima e Lúcio Rosas.
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Tião Viana afirma que, com o apoio do governo federal, vai garantir logística para abastecimento (Foto: Diego Gurgel/Secom)

“Decidimos fazer essa reunião depois do encontro do vice-governador César Messias com o ministro da Integração [Francisco Teixeira], em Rondônia, onde foi apontado pela Defesa Civil daquele estado, que a previsão é de o Rio Madeira atingir a cota de 19,13 metros. Ocorrendo isso, haverá interdição, por período indeterminado, da BR”, explicou Márcia Regina.
Tião Viana observou que a reunião visa a discussão de alternativas para a garantia de abastecimento da população do Acre e que não há razões, neste momento, para pânico, tampouco necessidade de estocagem de produtos ou combustíveis. “Faremos todo o possível para manter nossa população abastecida com alimentos, medicamentos, combustíveis e demais produtos”, assegurou.
Viana frisou que a população não deve aceitar reajustes de preços em produtos porque não houve reajuste no valor do frete dos transportes. “Não justifica um comerciante cobrar R$ 45 por uma saca de cimento, por exemplo. A população não pode aceitar isso”, enfatizou.
O governador assegurou aos empresários que aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) seguirão no auxílio do transporte de cargas de Rondônia ao Acre. “A presidente Dilma nos deu total apoio e garantiu que o governo federal nos ajudará no que for preciso. Hoje mesmo irei solicitar ao comandante Juniti Saito outros três voos para o Acre”, acrescentou.
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Rio Madeira pode encher ainda mais e ameaçar abastecimento no Acre/Foto: AscomAcre
Balsas partindo de Manaus e aportando em Boca do Acre (AM) também serão utilizadas para o transporte de mercadorias. Além disso, os empresários já viabilizam a compra de produtos no Peru, que devem chegar ao Estado pela Rodovia Interoceânica.

O transporte de combustíveis, de acordo com representante da BR Distribuidora, seguirá sendo feito pela BR-364 no trecho que liga a capital a Cruzeiro do Sul, não devendo, portanto, sofrer interferências caso a estrada tenha tráfego suspenso no trecho de Rondônia. Tudo isso sem aumento do valor do combustível nas bombas.
Greve da Suframa também foi discutida - A paralisação de servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) também foi abordada durante a reunião. Márcia Regina adiantou que o governo do Acre já conseguiu fazer uma intervenção, via Suframa do Amazonas, para dar celeridade na liberação de cargas que estão retidas na rotatória da “Corrente”, na entrada de Rio Branco.
“A Secretaria da Fazenda vai, provisoriamente, assumir a função da Suframa para liberar essas cargas. Diante da situação que enfrentamos, precisamos fazer isso para garantir o abastecimento da população”, afirma a chefe da Casa Civil.

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