O advogado Edinei Muniz sugeriu no início da noite de ontem (7) em entrevista concedida aoac24horas, o afastamento do Defensor Público Geral, o advogado Dion Nóbrega Leal, suspeito de exploração sexual e favorecimento à prostituição.
Segundo Edinei, Dion foi convidado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar o tráfico de pessoas no Brasil em maio do ano passado. O advogado sustenta que como o defensor tem prerrogativa de foro “o processo só agora chegou ao Tribunal, no dia 03 de fevereiro”, acrescentou. A queixa-crime relatada por Edinei Muniz corre em segredo de justiça.
Ainda de acordo Edinei “só o fato de ele ter sido citado já é suficiente para o governador afastá-lo”. A reportagem teve acesso ao requerimento de autoria do deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA) que requereu o convite à Dion Nóbrega Leal para tratar, segundo o documento, sobre fatos da Operação Delivery, da Policia Federal no ano passado. O requerimento foi aprovado por unanimidade.
A Operação Delivery foi desencadeada em outubro de 2012. Foi uma investigação conjunto da Policia Civil e o Ministério Público Estadual e resultou na prisão de sete pessoas suspeitas de atuar em uma rede de prostituição e exploração sexual que envolvia menores, entre eles, mulheres com idade de 14 a 18 anos de idade.
De acordo a assessoria do Tribunal de Justiça, a denuncia oferecida pelo MPE separava em dois grupos os envolvidos no caso: o núcleo de agenciadores e o núcleo dos alcunhados, usuários ou clientes.
A Policia Civil garantiu dar sequência na investigação da segunda etapa da operação que já condenou 15 pessoas. Dos 22 denunciados inicialmente, sete foram absolvidos dos crimes pelos quais eram suspeitos.
O OUTRO LADO:
A reportagem tentou falar sem sucesso durante toda a manhã deste sábado com o Defensor Público Dion Nóbrega Leal através de seu telefone celular. Às 9h28 conseguimos contato com a residência do Defensor, mas segundo a atendente, o mesmo não se encontrava em casa. Ela anotou o contato telefônico e ficou de informar para possível retorno.
Em maio de 2012, no ano em que estourou as investigações da Operação Delivery no Acre, Dion Nóbrega Leal foi o escolhido pelo governador Sebastião Viana para continuar à frente da Defensoria Pública do Estado. A lista tríplice era formada pelos advogados Cassio Tavares e Elísio Mansour. Nóbrega obteve 34 votos.
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