quarta-feira, 28 de maio de 2014

Fim da lua de mel da chapinha ‘puxadora’ de votos da FPA

Ray Melo, da editoria de política de ac24horas - raymelo.ac@gmail.com

28/05/2014 16:59:59
  
Os ânimos esquentaram na chapinha ‘puxadora’ de votos da Frente Popular. O casamento bastante comemorado de PRB, PTN, PHS e PPL resultou num divorcio litigioso em plena lua de mel. O pivô da rusga dos nanicos teria sido a infidelidade de coronel Juvenal, que estaria namorando com todos as legendas nanicas ao mesmo tempo, desde que saiu do bloco de oposição.
O fim do romance dos quatro partidos foi marcado por troca de farpas. A chapa apresentada como a mais competitiva, depois do chapão encabeçado pelo PT, acaba de se desfazer. “Tudo por conta do falso profeta coronel Juvenal”, disse o presidente do PHS, Manoel Roque, que disparou contra os aliados: “é cobra engolindo cobra. Nesta aliança não fico mais”.
Segundo Roque, no começo de 2014, ele teria sido procurado por Coronel Juvenal, que pedia uma aproximação com o governador Sebastião Viana (PT). “Eu intermediei diversas conversas dele com o governador. Ele foi lotado em um projeto”, diz o dirigente partidário. Em troca, Juvenal teria se comprometido a disputar o mandato de deputado estadual pelo PHS.
“Depois de diversas audiência com o governador e ter conseguido sair da oposição e ocupar um lugar na Frente Popular, Juvenal resolveu procurar ofertas mais tentadoras. O falso profeta manteve conversas secretas com Julinho, do PRP; Francimar Asfury, do PTN e o Diego Rodrigues, do PRB. Estes dirigentes fizeram conversas distintas e não comunicaram ao PHS”, afirma Manoel Roque.
O presidente do PHS chutou o pau da barraca durante uma reunião dos nanicos. “Não coligo mais com traíras. Não há respeito nestes partidos dentro da coligação. Vou procurar outra aliança na FPA, onde eu me sinta confortável”, ressalta o aliado do PT – que não descarta abandonar a coligação governista e procurar guarida numa das alianças de partidos de oposição.
O dirigentes partidário disse que sua decisão é irreversível. Para ele, “a traição” aconteceu com o conhecimento dos caciques petistas. Roque afirma que seu partido tem três nomes com grande estrutura para competir em qualquer chapa. “O PHS agora é um partido orgânico, deixou de ser cartorário, está em 12 dos 22 – municípios com sede própria nas duas maiores cidades do Acre. Não vou me submeter a joguetes políticos”.
Procurado pela reportagem, o coronel Juvenal negou que tenha se comprometido em se candidatar pelo PHS. “Sou militar da ativa não posso ser filiado de partido político, escolhe partido no ato da candidatura. Sempre afirmei que estava analisando as possibilidades da viabilidade financeira da candidatura. É possível que eu saia pelo PHS esté em aberto, estou pensando”, diz o coronel.
O militar destaca que não procurou nenhum dos partidos envolvidos na rusga. “Os partidos me procuraram, acho que por este motivo, o Manoel se sentiu prejudicado. No entendimento dele, eu pertencia ao PHS, mas nunca prometi nada. Há poucos dias, os líderes de outros partidos me procuraram, mas nada acertei com ninguém, sempre disse que estava anualizando”, afirma Juvenal.
O militar que disputou a última eleição pela oposição, reconhece que seu primeiro contato de aproximação com a FPA foi através de Manoel Roque. “Não me sinto responsável por este fato. Sei que o primeiro contato foi com Manoel, mas deixei claro que minha candidatura dependia de estrutura financeira. Se não tiver, eu não vou disputar”, finaliza.

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